quarta-feira, 28 de maio de 2008

1968 faz parte de nós

A palestra sobre o ano de 1968 que aconteceu no auditório da Gama Filho, unidade Downtown, dia 28 de maio, com os jornalistas Regina Zappa e Ernesto Soto, autores do livro “1968, eles só queriam mudar o mundo”, mostrou como é importante ter consciência política e histórica. Outro convidado, o filósofo e autor do livro “1968, o ano que não terminou”, Alcione Araujo, falou sobre essa importância, pois o assunto não é alheio à realidade dos alunos. “O passado repousa em nós”, disse o autor.
1968 foi um ano no qual, os jovens agiam no coletivo e buscavam o direito de escolha, ou até mesmo de poder falar. Essas ações não só ocorreram no Brasil que enfrentava a Ditadura Militar, mas em outros países, como por exemplo, EUA (Guerra do Vietnã, jovens contestavam o estado, e muitos não queriam ir para guerra) e na França (greve geral que começou com os estudantes, e quase levou o governo a um colapso).
Alcione Araujo explicou que a França tem uma cultura muito anterior a americana e com muito mais peso para o jovem, que encontra uma sociedade que se fecha para ele. Por exemplo, o aluno não pode perguntar sobre um assunto que não sabe ao professor. Ele primeiro precisa entender e estudar. O autor classificou o movimento como “rebelião sem causa”.
Ernesto Soto, que já era jornalista em 1968, descreveu como foi trabalhar em plena ditadura. Segundo o jornalista, não podia chamar de golpe militar, e sim de revolução. E que era muito claro ver quem eram os mocinhos e os bandidos. Ernesto também destacou como os fotografos eram visados pelos militares, já que eles testemunhavam as cenas de violência.
Já o jovem Eike Pimentel trouxe uma linguagem agressiva e superficial para a palestra. Mesmo com conteúdo, o rapaz não sabia onde encaixar tanta teoria. Eike generalizava tudo e criticou até o pensamento de iníco, meio e fim. Mas, logo depois falou“no final disso”. Também chamou atores de cinema de idiotas. Lamentável! Alcione tentou traduzir o que Eike falava explicando de maneira mais filosófica. Mesmo assim, a palestra foi ótima e trouxe mais consciência política para os alunos.

Paula Bellis

6 comentários:

Stephanie Marcela disse...

Eu estive nessa palestra e posso dizer que meus pensamentos mudaram sobre alguns dos itens tratados, como a submissão dos jovens ao poder existente.
Mas por outro lado fiquei muito triste ao saber que ainda tem gente que não aceita a evolução do mundo.
O jovem Eike, que por diversas vezes se contradisse, é um deles. Para ele não tinha que haver o capitalismo, avanço tecnológico, mas semana passada ele se rendeu ao capitalismo e comprou um MP3, dá para entender??? Infelizmente não podemos parar no tempo e fazer igual a ele que parou no ano de 68.
O que eu posso concluir é que todos deveriam andar pelados e morar em cavernas.

Stephanie Marcela

Futuros jornalistas disse...

Cara, pena que tive uns probleminhas e não pude vir ontem... Gosto muito do tema, principalmente porque ainda há muita estória desconexa, aliás, como há em quase toda a história brasileira. Stephanie, mas então esse tal de Eike foi tão mal assim? Pois pelo que você descreveu, de repente ele sonha com um mundo diferente, mas acaba cedendo aos impulsos de nosso mundo, real... Não vejo nada de contraditório nisso, é mais questão de sobrevivência. Também já falei diversas vezes que a República não é a melhor forma de governo, que o capitalismo é uma bomba relógio, que a humanidade é desumana, entre outras coisas, mas claro que preciso de dinheiro pra comer, beber, vestir, morar... Sei lá, é meio que filosófico... Insatisfação ou qualquer outro nome que possa ser dado. Vivemos uma servidão voluntária e acabamos sendo vítima da própria forma que vemos as coisas, logo merecemos o governo que temos e a vida que levamos!! Mas é só um pensamento...

Maxsuel Siqueira

Futuros jornalistas disse...

Concordo com você Max, todo ser humano necessita do capitalismo, mas pelo que eu pude absorver do idealismo do Eike é que ele esta muito radical com as coisas sabe...acho que ele leu tanto sobre o assunto, que até o emocional dele esta abalado.
Para ele você sair um fim de semana para ir ao teatro e assistir uma comédia (comédia rídicula como ele mesmo disse) é totalmente errado...pois não te acrescenta nada.....acho isso muito radical....Não consigo concordar com isso.

Os jovens hoje em dia realmente estão sem um ideal...como eu já havia dito...estamos muito submissos... mas ao mesmo tempo não podemos viver em uma bolha...temos que aceitar as mudanças e aprender a conviver....e o Eike não sabe.

Stephanie Marcela

Marcia Pereira disse...

O Eike é a nova versão do prefeito de Nova Iguaçu Lindberg o qual foi citado pelo próprio, tem um discurso apaixonado querendo mudar o mundo. Hoje ele pode viver de blá, blá, blá mas amanhã quando tiver contas a pagar vai se juntar aos "bundões", como ele citou, e nem vai mais lembrar que um dia fez essa palestra para jovens universitários que estão parados olhando a banda passar...e sem a menor intenção consumir por apenas 12 reais.

Marcia Pereira

Futuros jornalistas disse...

Isso ai Márcia...foi resumiu perfeitamente a vergonha que foi esse jovem falando..........é um BUNDÃO

Stephanie Marcela

Zé Marx disse...

Sei lá cara, também vou aprendendo a seguir minha vidinha, mas sigo quieto, na esperança que algum dia tenhamos um mundo melhor, menos consumista e mais humano. Mas aí já são sonhos meus... Ah! Esse lance que vocês falam que ele fez de xingar todo mundo não é legal! Não concordo...

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