quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ler ou não ler: eis a questão


Quem é que não lê a crítica de um filme, peça ou show antes de comprar o ingresso? Mesmo que isso determine, ou não, o que se vai assistir muitas pessoas correm para os jornais para ler algo sobre o que se pretende assistir. Mas o que fazer quando grandes críticos da arte divergem suas opiniões? Em quem acreditar e seguir o conselho? Ou seguir a sua própria intuição e assistir sem levar em consideração o que foi lido?
Como exemplo: o jornal O Globo. Periodicamente o jornal faz uma análise crítica sobre alguma peça que está em temporada. Nesse quadro tem os artigos de dois grandes críticos do teatro brasileiro como Barbara Heliodora e Sérgio Britto e outros 2 convidados. No último semestre eu me lembro de ter lido esse quadro para as peças: Jardim das Cerejeiras, Nenê Bonet e agora com a peça Vaca de nariz sutil publicada no último sábado, dia 22 de novembro.
Na maioria das vezes que esse quadro aconteceu, as opiniões foram as mais diferenciadas, capazes de chegarem a ponto de um dizer que é maravilhoso e o outro é horroroso! Como no caso da citada crítica sobre Vaca de nariz sutil. A crítica Barbara Heliodora diz que é um desastre, já o crítico e ator Sérgio Britto afirma que a peça é imperdível. O mesmo caso aconteceu com a crítica da peça Nenê Bonet que para um era boa e para o outro sem graça.
Até que ponto deveríamos levar em conta o que lemos? Para muitas pessoas a crítica é o fator principal, tanto que nem chegam a assistir se a crítica é muito negativa. Para outros, a crítica é um fator complementar e serve apenas para chamar atenção para alguns detalhes como cenografia, figurino e etc.
Muitas vezes a crítica analisa mais os aspectos técnicos como a movimentação do cenário, desenvoltura dos atores, o texto, a direção e etc do que o próprio conjunto. Por isso, muitas vezes alguma peça que pode ter tido uma crítica negativa pode ter um bom enredo. Também deve ser levado em consideração a identificação e o gosto das pessoas. Alguma coisa que pode ser ruim para um, pode ser ótimo para outro. Isso porque, talvez os gostos e as identificações com os personagens fazem com que um texto seja superior as técnicas.
Para quem ficou interessado em fazer a própria crítica da peça Vaca de nariz sutil que é uma adaptação do romance de Campos Carvalho e encenado pelo grupo Parlapatões. A peça está em cartaz no teatro Poeira até o dia 14 de dezembro.

Por Marina Milhazes

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