quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Tecnologia: cenário de desfragmentação de instituições

Por Aline Jesus

Os meios de comunicação no século XXI está mediando as relações sociais, o diálogo, hábitos de consumo entre outros costumes. Sendo assim, os meios de comunicação se tornam elo de ligação entre os indivíduos, adquirindo status de quarto poder, e a exploração de determinados temas perdem seu teor original, sendo o público vulnerável ao que a mídia pode fazer.
O resultado é a falência das instituições da pós-modernidade: escola, direito, família, igreja entre outras. Essas instituições não dão conta o tempo todo do aprendizado, e é aí que entra o meio de comunicação assumindo uma didática de dar conhecimento, agindo também com o papel de defensor da sociedade. Cito como exemplo o programa Linha Direta que passava na Globo e tinha o objetivo de encontrar o suspeito de um suposto crime. A novela Páginas da Vida também é outro exemplo muito bom em que uma criança, portadora da síndrome de down atuou demonstrando todo o preconceito existente pela sociedade. Isto nada mais é que a mídia assumindo um papel de conscientização social, e sendo ela o parquinho dos oprimidos, se tornando defesa dos direitos humanos, a maior causa é a crise dessas instituições que não funcionam mais. Outro exemplo muito bom é a escola que tem o papel de ensinar e educar e acaba tendo seu espaço fragilizado, pois hoje em dia a criança pode aprender sozinha pela web, por exemplo.
O escritor Martin Barbero define essa realidade como perspectiva tecnocêntrica que é definido como a tecnologia como a principal mediadora das relações e práticas individuais.
Embora a tecnologia seja um meio favorável a auxiliar as relações sociais, não vamos nos fragilizar achando que ela tem o total poder de nivelar a sociedade. Tomemos cuidado com isto! A tecnologia está a serviço do ser humano, e não o ser humano que está a serviço da tecnologia!

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